sexta-feira, 11 de maio de 2012

A CAIXA DE PANDORA

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A Caixa de Pandora

A mitologia, analisada hoje, dentre os seus interesses históricos e religiosos, pretendeu explicar o inconsciente coletivo dos gregos e romanos de sua época, o que equivale a humanidade como um todo.

Assim tantos seres extraordinários foram trazidos à tona:

Fadas, deuses, monstros, alguns alados, outros com patas de cavalos, diáfanos uns e feitos de pedras outros, numa polimorfia incrível, representativa de nosso psiquismo.

Todos eles se viram defrontados por desafios e quedas, vitórias e fracassos, suplícios e prémios eternos a nos lembrar a trajectória evolutiva dos homens, inclusive podendo reconhecer certas explicações religiosas através deste viés...

Pandora, por exemplo, numa de suas versões era uma mulher que recebeu dos deuses do Olimpo a incumbência de transportar uma caixa onde estavam aprisionadas as viciações humanas.

Tendo êxito, ela seria alçada à condição de semi-deusa.

Mas a desajeitada Pandora, tropeça e deixa a caixa vir ao solo e ao abrir-se todos os males ficam à solta.

Daí que a Caixa de Pandora se tornou sinónimo de surpresa.

Se por um lado, ouvindo a história lastimamos a abertura da caixa, pois reconhecemos tantos males presentes no mundo, por outro ponderamos se há como evitá-los.

Aproveitando a metáfora, digamos que há uma “caixa geral” pertencente ao planeta.

São aqueles desafios colectivos, programados pela necessidade do conjunto de almas aqui encarnadas:

As guerras, os fenómenos atmosféricos, os cataclismos, as epidemias.

Mas há também uma “caixinha” pessoal e intransferível que devemos tomar aos nossos cuidados.

Incrível, mas esta é a verdadeira Caixinha de Surpresas!

Cada um de nós, em momentos variados da vida se vê surpreendido pelas próprias reações emocionais.

Nos preparamo o tempo todo para uma certa atitude, repreendemos nosso próximo quando ele discorda de nossos valores e...

cá estamos nós fazendo igual ou pior.
Seremos incorrigíveis, maus, péssimos alunos?

E lá vamos nós descendo uma vez mais as escadarias da estima que nos levam aos porões da culpa...

De facto, o desafio da evolução se repete a cada dia de nosso viver, por isso é melhor vê-lo de frente, sem subterfúgios e sem se esquecer de que a própria vida, em sua dinâmica constante, traz mudanças.

Assim como ao fixarmos o olhar nas nuvens do céu temos a impressão de que estão paradas e a um simples desviar da visão, retomando o olhar, vemos um céu totalmente diferente, assim é a dialéctica entre as mudanças do planeta, a nossa intimidade e a incessante novidade da vida em si mesma.

Distinguir o que é pessoal do que é geral já é um grande ganho.

Como dizemos às nossas crianças quando transportam algo precioso, seguremos a nossa caixa com as ‘duas mãos’, mas não nos desesperemos se ela cair.

Contemos com a nossa intenção de acerto e a Misericórdia Divina velando por nós. Observemos sem medo o que saiu de dentro e seleccionemos o que queremos modificar.

A própria vida, em sua sabedoria, encarrega-se muitas vezes de nos fazer tropeçar para que aprendamos a nos levantar mais depressa.

Ah! Já ia me esquecendo!

Na Caixa de Pandora moravam também as Virtudes.

http://jardimdomago.blogspot.com
 Alcione Albuquerque
de envangelho no lar
por valerius!!!

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